Em
Moçambique, 18.403 menores de cinco anos de idade, que sofriam de desnutrição
crónicas e aguda associada a diferentes complicações de saúde, foram tratadas,
nos últimos dois anos (2012 e 2013), de um total de quatro milhões de petizes.
As restantes ainda não beneficiaram da cura por falta de meios, dentre os quais
financeiros e materiais, e as autoridades da Saúde dizem que estão a mobilizar
fundos para o efeito.
Alexandre
Manguele, ministro da Saúde, disse, esta quarta-feira (23), em Maputo, na
abertura do XXXIX Conselho Coordenador, que se deve redobrar esforços e
acções com vista a prestar mais atenção à desnutrição no país. E para inverter
o cenário, o sector está implementar o Protocolo de Tratamento e Reabilitação
Nutricional para crianças da zero a 14 anos de idade, que envolve as
comunidades na área de tratamento ambulatório e internamento em caso de
gravidade para algumas crianças.
"Registamos
grandes avanços que estão revolucionar a busca de resposta para aumentar a
capacidade de diagnóstico nas unidades sanitárias e que possibilitou o aumento
de cobertura dos serviços de laboratório, de 297 328", disse ainda
Manguele.
Mais
do que investimentos, a capacidade humana de liderar todo o processo no sector
é crucial, visto que o país pode ter hospitais com todos requisitos necessários
o a cura de várias doenças, mas se os técnicos não cumprirem com as suas
obrigações morais e éticas as acções desenvolvidas em prol da população podem
fracassar, de acordo com Manguele.
O
governante disse que a expansão das unidades sanitárias, a contratação de
médicos, enfermeiros e técnicos de nível superior e básicos, o apetrechamento
de hospitais e abastecimento dos mesmos com medicamentos - que continuam
insuficientes - são alguns desafios que persistem no sector que dirige.
Coutinho Macanandze . Verdade
(mz)
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