Fátima
Santos Silva, à esquerda na foto, estava bem perto quando aconteceram os
incidentes e desmente versão da PSP
O
relatório do incidente deste domingo, em que um agente da PSP espancou, depois
do V. Guimarães-Benfica, José Magalhães e o seu pai à frente de dois familiares
menores já foi elaborado pela PSP mas "é mentira", afirmam as pessoas
que presenciaram o incidente.
O
JN teve acesso a parte do relatório, que tenta justificar a agressão com o facto de José Magalhães ter cuspido e
injuriado o agente que, depois, lhe bateu. Ora, a testemunha Fátima Santos Silva,
que estava a dois metros da cena, garante ter presenciado tudo e não se
conforma com a versão: "Desminto categoricamente! É mentira. Eu quando
soube até fervi, nem quero acreditar que possam alegar isso".
Fátima
Silva, advogada de profissão, foi a pessoa que deu água ao filho mais novo de
José Magalhães quando este se estava a sentir mal na sequência de ter estado
quase uma hora encurralado na bancada Norte do Estádio. Garante que falou com o
subcomissário Filipe Magalhães Silva, identificado nas fotos como o principal
agressor, e ele "não estava cuspido". Para além disso, acrescenta,
ouviu o diálogo entre José Magalhães e o subcomissário onde "não houve
insultos nem houve quem alteasse a voz".
O
relatório foi escrito pelo próprio subcomissário Silva, chefe da Brigada de
Investigação Criminal da PSP de Guimarães, e refere que José Magalhães tirou
proveito do facto de estar a ser filmado.
Fala
ainda em resistência de José Magalhães e do pai à detenção.
José
Magalhães, ao JN, negou a versão da PSP.
Jornal
de Notícias – foto Delfim Machado
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