segunda-feira, 18 de maio de 2015

Portugal. PSP DIZ QUE HOUVE “CUSPIDELA”, TESTEMUNHAS DESMENTEM




Fátima Santos Silva, à esquerda na foto, estava bem perto quando aconteceram os incidentes e desmente versão da PSP

O relatório do incidente deste domingo, em que um agente da PSP espancou, depois do V. Guimarães-Benfica, José Magalhães e o seu pai à frente de dois familiares menores já foi elaborado pela PSP mas "é mentira", afirmam as pessoas que presenciaram o incidente.

O JN teve acesso a parte do relatório, que tenta justificar a agressão com o facto de José Magalhães ter cuspido e injuriado o agente que, depois, lhe bateu. Ora, a testemunha Fátima Santos Silva, que estava a dois metros da cena, garante ter presenciado tudo e não se conforma com a versão: "Desminto categoricamente! É mentira. Eu quando soube até fervi, nem quero acreditar que possam alegar isso".

Fátima Silva, advogada de profissão, foi a pessoa que deu água ao filho mais novo de José Magalhães quando este se estava a sentir mal na sequência de ter estado quase uma hora encurralado na bancada Norte do Estádio. Garante que falou com o subcomissário Filipe Magalhães Silva, identificado nas fotos como o principal agressor, e ele "não estava cuspido". Para além disso, acrescenta, ouviu o diálogo entre José Magalhães e o subcomissário onde "não houve insultos nem houve quem alteasse a voz".

O relatório foi escrito pelo próprio subcomissário Silva, chefe da Brigada de Investigação Criminal da PSP de Guimarães, e refere que José Magalhães tirou proveito do facto de estar a ser filmado.

Fala ainda em resistência de José Magalhães e do pai à detenção.

José Magalhães, ao JN, negou a versão da PSP.

Jornal de Notícias – foto Delfim Machado

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