A
divisão 6 da unidade SEAL (na sigla em inglês) da Marinha dos EUA é uma das
divisões militares da resposta rápida mais secretas do mundo, que nos últimos
anos se tornou numa “máquina de matar” pouco controlada pelos chefes políticos
ou militares, opina a mídia norte-americana.
A
pequena divisão foi criada para cumprir missões especiais esporádicas, a mais
famosa das quais foi a eliminação do chefe da Al-Qaeda, Osama bin Laden. O
secretismo de tudo que tem a ver com a divisão 6 da unidade SEAL (SEAL Team 6,
em inglês) é enorme – o Pentágono até nem reconhece publicamente o nome da
divisão.
Segundo o
jornal The New York Times, durante décadas este pequeno grupo tem se
tornado numa “máquina de matar mundial” para eliminar os “rivais dos EUA”:
“Esse
papel reflete a nova maneira norte-americana de conduzir a guerra, em que o
conflito é caraterizado não por vitórias e derrotas no campo de batalha, mas
por mortes inexoráveis de supostos inimigos.”
O
ex-senador Bob Kerry, que foi soldado da unidade SEAL durante a guerra no
Vietnã, disse que a SEAL Team 6 foi criada para cumprir missões esporádicas mas
que agora se tornou “numa espécie de número 1-800 [número de telefone gratuito
– ed.] para as situações quando alguém quer algo bem feito”.
Segundo declararam ex-soldados da divisão especial, por várias semanas eles tinham que sair para o trabalho todas as noites. O inquérito da The New York Times revelou que, durante operações da liquidação de terroristas, a SEAL Team 6 também matou civis. De acordo com especialistas, as operações do grupo são extremamente violentas, o que pode ser explicado pela falta de regras claras de funcionamento da SEAL Team 6.
A
publicação norte-americana também nota que as atividades do grupo militar
de "elite" na verdade praticamente não são controladas. Um alto
oficial militar, que pediu o anonimato, disse que o Comando de Operações
Especiais Conjuntas (JSOC na sigla em inglês) dos EUA, que é responsável
pela SEAL Team 6, é virtualmente independente, e os políticos, por sua vez, não
estão interessados nas atividades da unidade.
AFP 2015/ Manpreet ROMANA / Sputnik
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