Na
cidade alemã de Elmau começou a cimeira do grupo G7, na qual os líderes
mundiais discutirão hoje e amanhã os problemas da economia global, as sanções
antirussas, bem como a crise na Ucrânia.
Segundo
a mídia norte-americana, o presidente dos EUA, Barack Obama, deverá persuadir
os aliados continuar a política de sanções contra Moscou.
Um
ano após Obama ter pressionado os seus aliados a começar a política de sanções
contra a Rússia, ele deve mais uma vez apresentar razões para continuar esta
política. No entanto, Obama desta vez enfrenta sérias dificuldades porque a
eficácia das medidas ocidentais continua em questão, opina o jornal The New
York Times.
Segundo
a publicação, a tarefa principal de Obama será o fortalecimento de determinação
dos líderes europeus, que no final deste mês discutirão a extensão das sanções
contra a Rússia. O presidente dos EUA quer que a UE não só mantenha
as medidas restritivas como as aumente caso a Rússia "aumente a
agressão" na Ucrânia.
O
grupo G7 também deve discutir o combate ao grupo terrorista Estado Islâmico,
especialmente tendo em conta que, durante a conferência realizada na semana
passada em Paris, a coalizão liderada pelos EUA falhou em alcançar um avanço
nesta questão.
Obama
também pretende obter suporte sólido para o livre comércio entre a UE e os
Estados Unidos. Esta é mais uma iniciativa que intensifica os protestos nos EUA
bem como nos países aliados.
Enquanto isso, na cidade alemã de Garmisch-Partenkirchen a ação do protesto contra a cimeira do G7 resultou em confrontos entre manifestantes e polícia, durante o qual as partes utilizaram gás lacrimogêneo.
Anticapitalistas,
antiglobalistas e ambientalistas, bem como membros de outras organizações
não-governamentais, querem que os líderes mundiais ouçam as suas opiniões.
Os manifestantes carregam faixas dizendo “Luta G7 para a Revolução” (Fight G7
for Revolution) e “G7 vai para o inferno! Eu gosto de Putin” (G7 go
to hell! I like Putin).
Segundo
disse um dos manifestantes, "na cimeira de G7 as decisões políticas
são tomadas nos interesses do capital transnacional. Eles falam sobre a guerra,
sobre os OGM [Organismos Geneticamente Modificados], sobre a parceria
transatlântica. As suas decisões não beneficiam as pessoas, mas apenas
eles próprios e os proprietários do grande capital”.
O chefe do Conselho Europeu, Donald Tusk, declarou que todos os membros de G7 gostariam de ver a Rússia na cúpula, quer dizer, eles gostariam de retornar ao formato de G8. A declaração foi feita na coletiva de imprensa antes da cimeira na Alemanha:
"Todos
gostariam de ver a Rússia na mesa de negociações do G7, quer dizer, do G8. Mas
o nosso grupo é não só um clube de interesses políticos ou econômicos,
primeiramente é uma sociedade de valores, e por isso a Rússia não está aqui
hoje e não será convidada até deixar de agir de forma agressiva em relação à
Ucrânia e aos outros países."
REUTERS/ Fabrizio Bensch / Sputnik
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