sábado, 14 de março de 2015

PRIMO E AMIGO DE SÓCRATES GANHAM FORTUNA EM ANGOLA




Salinas deram nove milhões a José Paulo Pinto de Sousa e seis milhões para Carlos Santos Silva

Eduardo Dâmaso, Tânia Laranjo – Correio da Manhã

Carlos Santos Silva garante que as salinas de Benguela foram o seu primeiro grande negócio, onde começou a sua fortuna. Diz ter ganho seis milhões de euros com a venda de quota, não tendo especificado ao juiz como se processou o negócio. Também José Paulo Pinto de Sousa, o primo de José Sócrates investigado na operação Marquês, diz ter ganho nove milhões com as mesmas salinas. Segundo uma reportagem publicada ontem no semanário ‘Sol’, os terrenos da Bela Vista, em Benguela, foram comprados por uma empresa do grupo Espírito Santo, por valores claramente inflacionados. O objetivo era dar corpo a um gigantesco projeto imobiliário de 1,4 mil milhões de dólares, com vendas de imóveis de valores ainda superiores. O projeto nunca passou do papel e o prejuízo acabou por recair no banco de Ricardo Salgado. Também Carlos Santos Silva usa o mesmo negócio para garantir que nunca recebeu dinheiro do Grupo Lena para José Sócrates. O empresário diz mesmo que a sua fortuna começou com o negócio das salinas e que foi crescendo devido a proveitosos investimentos na Bolsa. Garante ainda ter recebido vários prémios de produtividade pagos pelo Grupo Lena, onde apenas terá cometido o crime de não os declarar. Assegura que os 25 milhões de euros detetados pela investigação são o somatório de bons negócios que fez ao longo da vida.

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