quarta-feira, 22 de abril de 2015

Portugal. ESCOLAS QUE ENSINAM A DESUMANIDADE E ATROPELAM DIREITOS




Faz parte  dos Direitos Humanos a sagrada possibilidade de nos alimentarmos. Ainda mais uma criança. Mas em Portugal andam muitos a professar as alternativas a esses direitos e a exibirem a ganância. 

Se não tens para pagar não comes. É a regra desses maus exemplos que olham para os espelhos e não vêem nas imagens que ali refletem uns grandecíssimos estupores. Grave. Ainda mais grave acontecer numa escola. Ainda mais grave negar refeição a uma criança. Quantos destes desumanos trabalham em escolas? Não podem. Não devem. São um péssimo exemplo para as crianças que queremos ver bem formadas. 

Os professores e os funcionários escolares devem ser o exemplo das regras democráticas e de respeito pelos direitos das crianças. Já basta o governo ser um gigante estuporado de esbulho e ganância. Já basta também o presidente da República ser assim. Uma criança não deve conviver com maus exemplos. Muito menos ficar sem almoçar porque a mãe se esqueceu de comprar a senha de almoço. Ninguém o merece, mesmo que não tenha dinheiro. Muito menos uma criança. Quantas escolas existem assim, com este tipo de maus exemplos?

Redação PG

Alimentação. "É desumano não darem de comer a uma criança de sete anos"

Uma criança ficou sem almoçar depois de a mãe se ter esquecido de tirar a senha, a cantina e a Câmara descartam responsabilidades.

Martim Ribeiro tem sete anos, frequenta a Escola Básica de Parada, em Guilhabreu, e viu ser-lhe recusada uma refeição pelo facto de a mãe se ter esquecido de tirar a senha para almoço.
“O que fizeram ao meu filho é desumano! Não darem de comer a uma criança de sete anos porque os pais se esqueceram de tirar a senha?”, afirma Vilma Ribeiro, mãe da criança, em entrevista ao Jornal de Notícias.
A mãe de Martim recebeu um “telefonema da escola às 11h26 [de sexta-feira] a dizer que o meu filho não tinha marcação”, a partir desse momento contactou a cantina e a Câmara mas ambos recusaram dar a refeição à criança já que não se podiam “abrir exceções”.
A EB1 de Parada tem, desde o início do ano letivo, um sistema de gestão escolar onde os pais devem carregar e comprar as refeições para os filhos. O carregamento pode ser feito pelo multibanco ou num quiosque na Câmara, daí a tentativa de Vilma tentar resolver a questão junto desta instituição.
A vereadora da Educação, Lurdes Alves justificou que desde que se compram as senhas pela internet, o número de crianças sem almoço tem diminuído, o que fez aumentar a qualidade das refeições. A responsável afirmou ainda que as crianças que se esquecem têm direito a “uma refeição ligeira: sopa, pão e fruta”, já que não é possível assegurar refeições se muitos se esquecessem, como acontecia antes do novo sistema.
Lurdes Alves afirma ainda que o facto de Martim não ter senha de almoço não foi “um ato único”, pois é a “terceira vez que acontece”.
Apesar das justificações da Câmara, Vilma Ribeiro sente-se revoltada com a situação já que o filho “só chorava, porque lhe disseram: Vais ficar sem almoço, porque a tua mãe não fez a marcação”, concluiu a mãe de Martim. 

Notícias Ao Minuto

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