sexta-feira, 22 de maio de 2015

Lisboa. "PSP nunca se mostrou contra realização da festa no Marquês" - CML




Após serem pedidas justificações à Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina deu uma conferência de imprensa para explicar os problemas no Marquês de Pombal.

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em conferência de imprensa sobre confrontos no Marquês de Pombal, esclareceu que as entidades envolvidas na organização da festa não foram responsáveis pelos distúrbios causados por adeptos.

O autarca referiu que foram realizadas "sete reuniões entre a Câmara Municipal de Lisboa, a Polícia de Segurança Pública e o Benfica para que a segurança de adeptos e equipa fosse garantida".

Medina revelou que a PSP transmitiu pareceres negativos muito específicos, primeiro pela colocação de quiosques de venda de bebidas e relativamente ao posicionamento e forma do palco. Desta forma, o presidente da CML garantiu que os “requisitos foram integralmente cumpridos” para que tudo “corresse o melhor possível”.

O responsável pela Câmara frisa que a PSP “nunca se mostrou contra a realização da festa do Benfica no Marquês” e que todo o dispositivo instalado foi “impressionante” e conseguiu proteger os adeptos, o património físico e a equipa, como era pretendido.

Aos jornalistas, Medina explicou que “não se pode estabelecer um nexo de causalidade direto entre os distúrbios ocorridos na Praça do Marquês de Pombal e o quadro de medidas organizativas e de segurança planeado e implementado para este efeito em concreto”.

Na terça-feira, uma fonte ligada ao processo confirmou à Lusa que a Polícia de Segurança Pública (PSP) deu parecer negativo aos festejos do Benfica no Marquês de Pombal, alegando que o modelo concebido não era adequado em termos de segurança.

A Direção Nacional da PSP esclareceu na quinta-feira que o dispositivo de segurança destacado para os festejos benfiquistas de domingo, em Lisboa, estava "ajustado", tendo sido reorganizado quando se registaram confrontos entre adeptos e a força policial.

"A opção por um dispositivo de segurança de caráter menos ostensivo, com elementos da UEP (Unidade Especial de Polícia) sem o equipamento de segurança de nível máximo, revelou-se ajustada em determinada fase do policiamento", porque se encontrava "num contexto festivo", refere a PSP num esclarecimento enviado à agência Lusa.

Também na quinta-feira, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) pediu ao comandante do Corpo de Intervenção da PSP para esclarecer a ordem dada aos elementos para não usarem equipamentos de proteção nos festejos dos adeptos benfiquistas em Lisboa.

Esta sexta-feira, a ASPP questionou o facto de o Corpo de Intervenção da PSP ter sido destacado para os festejos dos adeptos benfiquistas sem equipamento de proteção, colocando em risco a sua segurança.

Nos incidentes ficaram feridos 16 polícias com escoriações devido ao arremesso de pedras, garrafas de vidro e material pirotécnico.

Notícias ao Minuto com Lusa

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