sábado, 1 de dezembro de 2012

CHE GUEVARA, PRIMEIRO PRESIDENTE REVOLUCIONÁRIO DA BANCA CUBANA

 

O. Fonticoba Gener - Granma
 
Che Guevara presidiu o Banco Nacional de Cuba (BNC) durante 456 dias. Esse foi, talvez, o período mais curto que o Guerrilheiro Heróico dedicou a alguma tarefa de tamanha transcendência e, de acordo com muitos historiadores, o momento menos conhecido da sua trajetória.
 
Em 26 de novembro de 1959, data em que Che Guevara assumiu a direção do BNC, a banca em Cuba atravessava uma situação crítica. Ainda sem ter sido nacionalizada e com exíguas reservas, pois a maioria do dinheiro havia sido roubado e levado para os Estados Unidos, o sistema bancário herdado contava com escassas condições para propiciar o desenvolvimento econômico e social do país, na hora tornado independente.
 
Nesse contexto, o principal propósito do Governo Revolucionário era recuperar o controle financeiro e pô-lo nas mãos do Estado, assim como as funções de conservação e custódia dos fundos monetários que possuía o Banco Nacional. Naturalmente, tudo isso atentava contra os propósitos norte-americanos de desestabilizar a economia nacional.
 
A resposta a essas intenções veio logo. Sob a presidência de Che Guevara, além de ficar controlada a fuga de divisas do país e ter sido nacionalizada a banca cubana, foi ditada uma nova Lei Orgânica do Banco e evitado o retorno da moeda cubana saída do país nas mãos da contrarrevolução.
 
Nesse sentido teve especial importância a troca da moeda, em 1961. Com esta operação, efetuada em apenas dois dias e a cujo planejamento se dedicou muitíssimo tempo, foram trocadas as notas que circulavam, naquele momento, no país, e o governo ganhou o controle sobre o dinheiro efetivo circulante, impedindo que os recursos monetários, na posse da contrarrevolução externa, fossem utilizados para conspirar contra o país.
 
Hoje, passados 53 anos da nomeação do primeiro dos presidentes revolucionários da banca cubana, resulta inadiável reconhecer seu espírito forte e visão preclara. Como disse Fidel, durante a velada solene por seu falecimento, Che Guevara "constituiu o caso singular de um homem raríssimo, pois foi capaz de conjugar, na sua personalidade, não só as características do homem de ação, mas também do homem de pensamento".
 

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