sábado, 1 de dezembro de 2012

Angola: PRESOS NA ÁFRICA DO SUL, PAZ NO GOLFO, ARMAZÉNS DE MEDICAMENTOS

 

TPA notícias
 
Angolanos presos na África do Sul já poderão ser extraditados
 
A embaixadora de Angola na África do Sul, Josefina Pitra Diakité, manifestou-se ontem (quinta-feira), em Pretória, a favor de um acordo de extradição de prisioneiros com as autoridades sul-africanas.
 
Josefina Diakité disse que a existência desse acordo permitiria aos condenados o cumprimento das penas nos respectivos países de origem. “Penso que seria muito bom que houvesse um acordo deste tipo, porque seria também uma forma de se dar cumprimento a um dos postulados das convenções das Nações Unidas sobre os direitos que os cidadãos têm, independentemente do crime que tenham cometido”, sublinhou.
 
A diplomata angolana visitou segunda-feira última a cadeia de Moddenrbee, em Pretória, no âmbito do programa de actividades alusivas ao 37º aniversário da independência de Angola, celebrado a 11 de Novembro.
 
Referiu que durante a visita àquela instituição prisional sul-africana constatou a existência de cerca de 70 cidadãos angolanos presos, maioritariamente jovens em idade activa. “São na sua maioria cidadãos jovens que podem contribuir para o desenvolvimento económico e social de Angola”, afirmou a embaixadora, acrescentando que o principal motivo da prisão de grande parte deles é a posse e uso de drogas pesadas.
 
Josefina Diakité garantiu que o programa de visitas, iniciado dia seis, vai estender-se a todas as cadeias da África do Sul para se aferir com exactidão o número de angolanos presos neste país, "para depois discutirmos com as autoridades angolanas e sul-africanas o possível acordo de extradição dos presos".
 
Segunda a embaixadora, "existem casos que devem ser ponderados" citando o de um cidadão angolano, pai de três filhos, que perdeu a esposa, alguns dias após o seu encarceramento em Modderbee, e só teve conhecimento do infortúnio depois de muito tempo.
 
Luanda alinhavou mecanismo de paz e segurança para o Golfo da Guiné
 
O ministro das Relações Exteriores, Georges Chiocoti, defendeu ontem (quinta-feira), em Luanda, que a edificação de um futuro de paz e de segurança na região do Golfo da Guiné passa, necessariamente, pelo estabelecimento de relações baseadas em princípios comuns de confiança.
 
Falando na sessão de encerramento do Conferência de Luanda sobre paz e segurança na região do Golfo da Guiné, que vinha a decorrer desde terça-feira, acrescentou que estes princípios devem nortear a cooperação e integração regional com vantagens recíprocas, dentro de uma visão regional inclusiva e susceptível de promover uma cultura de respeito e complementaridade entre os estados.
 
O ministro salientou que o evento pretendeu favorecer um debate aberto, integrado e multidisciplinar sobre a actual situação política, económica, social, bem como ambiental que prevalece no mar do Golfo da Guiné.
 
De igual modo, ele pretendeu ainda debater a necessidade de se adoptarem mecanismos de coordenação operacionais mais eficazes entre todas as partes interessadas na segurança e no desenvolvimento económico dos estados desta região africana.
 
Georges Chicoti disse que a política externa de Angola sempre defendeu uma participação activa no desenvolvimento do Golfo da Guiné e o estabelecimento de relações adequadas com cada um dos estados membros ou integrantes do mesmo, que permitam a prossecução dos interesses estratégicos de todos e de cada um deles no quadro de um melhor aproveitamento das suas potencialidades de cooperação.
 
Executivo cria armazens regionais de medicamentos
 
O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, lançou ontem (quinta-feira), a pedra para a construção do Armazém Central de Medicamentos de Luanda, no município de Cacuaco.
 
O governante disse que a infra-estrutura reforçará a capacidade institucional.“Este armazém será o central, mas vamos fazer outros com carácter regional em Malanje, Benguela e Huíla, de modo a que cada um deles cubra uma região”, informou.
 
O de Malanje, segundo José Van-Dúnem, cobrirá a região Norte e uma parte do Leste, Benguela (o centro), Huíla (Sul) o Namibe, Cunene e Kuando Kubango.
 
Acrescentou ainda que, além desses armazéns, as províncias do Huambo e Uíge vão tê-los para aumentar a capacidade de oferta desses serviços.
 
O empreendimento está orçado em um bilião e 300 milhões de kwanzas.
 
Informou ainda que as construções das referidas infra-estruturas serão concluídas dentro do período 2012-2017 a nível do país.
 
O edifício ocupa uma área de 30 mil metros quadrados e terá um armazém, uma zona administrativa, acessos, geradores, parque de contentores, entre outras infra-estruturas complementares.

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