Téla Nón (st)
Dezenas de Soldados
morreram em Muxungué, ao serem surpreendidos pelos guerrilheiros da Renamo.
Grande parte dos militares abatidos fazia-se transportar em viaturas civis no
troço Muxungué-Save. O Major General Augusto, e um outro oficial do exército
ostentando a patente de Tenente Coronel, foram abatidos.
O Major General
Lovane e vários soldados governamentais morreram em duas emboscadas ocorridas
no posto administrativo de Muxungué, distrito de Chibabava Província de Sofala.
Na primeira emboscada ocorrida sexta feira, na zona de Zove, por volta das 9
horas, o autocarro da Etrago, uma transportadora privada inter-provincial, que
trazia uma companhia das FADM trajados a civil, foi varrido por uma rajada de
balas, disparados pelos guerrilheiros da Renamo tendo morrido 30 militares e
provocado vários feridos.
O Tenente General
Augusto Lovane, um oficial da força aérea moçambicana e natural da Província de
Tete e outros foram mortos quando desceram do blindado para socorrerem seus
colegas mortos no autocarro civil da Etrago.
Uma fonte militar
que falou no anonimato, garantiu que o número de mortos pode ser muito elevado
porque o autocarro foi intensamente atingido por balas e poucos conseguiram
sair com vida. O segundo ataque ocorreu mesmo em Muxungué, na zona de
Mutingoti, próximo a moageira, também envolvendo um autocarro da transportadora
Etrago pejado de tropas a paisana e houve um grande massacre.
O autocarro foi
impiedosamente metralhado, recorde-se que esta empresa tem sido usada pelo
Governo para fazer o transporte de militares a zona centro do pais. Todas viaturas
atacadas dirigiam-se a zona sul, ao que tudo indica, os guerrilheiros da Renamo
sabiam de antemão que os autocarros da Etrago transportavam militares, e no
seio do exército governamental vive-se um ambiente de nervos, desconfia-se que
há fuga de informação.
Neste momento o
hospital de Muxungué está sob forte medidas de segurança para impedir fuga de
informação e há indicação de os cadáveres estarem a ser mantidos ocultos na
zona dos ataques a espera da escuridão para seu transporte.
Texto de: Luís Muianga/Moçambique
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