quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Recenseamento: UE quer processo eleitoral "transparente" em Moçambique

 


A União Europeia reafirmou na terça-feira que o processo eleitoral em Moçambique deve ser "transparente, justo e inclusivo", nas vésperas do arranque do recenseamento para as eleições presidenciais e legislativas de outubro.
 
"A necessidade de garantir a probidade do processo, assim como a segurança dos eleitores, é uma questão fulcral, tendo em vista as próximas eleições", disse na terça-feira o embaixador da UE em Maputo, Paul Malin, falando num encontro com jornalistas.
 
"A União Europeia continua empenhada em acompanhar Moçambique na via do aprofundamento da democracia", acrescentou o diplomata irlandês.
 
Paul Malin referiu-se à situação de conflito que Moçambique atravessa, com confrontos frequentes e sangrentos entre soldados e homens armados da Renamo, o principal partido da oposição, recordando a posição da UE de "condenação do uso de força para atingir fins políticos".
 
Esta posição, expressa este mês por Catherine Ashton, alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, foi contestada pela Renamo, que a desafiou a provar que é este partido o responsável pelos ataques que já causaram dezenas de mortos e milhares de refugiados.
 
"A UE tem sempre encorajado o diálogo político e a solução dos diferendos por vias pacíficas e democráticas", insistiu o embaixador da UE em Maputo
 
A União Europeia é o principal parceiro de cooperação de Moçambique, numa política posta em prática há 30 anos, e que resulta num pacote financeiro anual acima dos 620 milhões de euros, repartidos entre a UE e os seus estados-membros.
 
Entre as iniciativas agendadas para este ano em Moçambique, Paul Malin destacou a realização de "eventos públicos na área da liberdade de expressão", diretamente relacionada "com a liberdade da imprensa em geral e o acesso à informação".
 
Lusa, em Notícias ao Minuto
 

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