Accionistas
levam petrolífera Cobalt a tribunal devido a alegada corrupção em Angola.
Voz
da América
A
companhia petrolífera americana Cobalt faz face a duas acções em tribunal por
accionistas que dizem ter perdido dinheiro devido a práticas corruptas em
Angola.
A
primeira acção foi introduzida em tribunal por fundos de pensão que dizem ter
perdido dinheiro devido a práticas corruptas entre a companhia e entidades
oficiais angolanas e também por o que alegam ser declarações falsas aos
investidores.
Estas
acções deram entrada num tribunal no Texas.
Por
outro lado, no Estado da Pensilvânia uma firma de advogados iniciou também uma
acção em tribunal em nome de outros accionistas na companhia pelas mesmas
razões.
Em
Agosto deste ano, a Comissão de Títulos e Câmbios dos Estados Unidos
enviou um aviso à Cobalt de que poderia fazer face a uma acção em tribunal por
violação das lei americanas de combate à corrupção.
O
aviso faz parte de uma investigação que teve início em 2011, que indica que a
Cobalt violou a lei sobre Práticas de Corrupção no Estrangeiro, em
Angola, uma das suas maiores regiões de investimento e exploração.
A
acção judicial afirma que as investigações levadas a cabo pelas autoridades
americanas determinaram que a Cobalt subornou o Governo angolano com milhões de
dólares.
Os
fundos de pensão alegam que, como resultado, as suas acções na companhia caíram
de 16 para nove dólares cada, o que resultou no que afrimam ser prejuízos
massivos de vários milhares de milhões de dólares em acções na Cobalt.
Esta
acção em tribunal envolve não só a Cobalt mas também as conhecidas companhias
de investimento, Goldman Sachs, o Grupo Carlyle e ainda a companhia Riverstone
Holdings, que financiaram a Coblat com 500 milhões de dólares.
A
acção levada a cabo na Pensilvânia em nome de outros investidores alega
que, para além disso, a Cobalt enganou os investidores com números falsos sobre
o petróleo nas suas áreas de exploração em Angola. Os investidores
alegam ter perdido 11,5% do valor das suas acções como resultado das acções
ilegais da Cobalt.
As
investigações foram iniciadas há alguns anos depois de ter sido noticiado que a
Cobalt tinha ganho acesso à exploração de petróleo em Angola, associando-se a
uma companhia angolana com o nome de Nazaki .As alegadas violações envolvem
leis contra a suborno de entidades estrangeiras e, neste caso, envolvem
alegadamente o vice-presidente angolano Manuel Vicente, o General Hélder Manuel
Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e o General Leopoldino Fragoso do Nascimento.
A
Nazaki era propriedade do Grupo Aquattro Internacional SA, que controlava em
99.96% do capital da Nazaki Oil & Gaz.
Manuel
Vicente e os outros generais detinham quotas idênticas de 33,3 por cento do
capital social da Aqquatro.
A
companhia teria sido, entretanto, dissolvida mas os accionistas angolanos não
especificaram se já não detinham interesses na Nazaki.
Mais
tarde, entretranto, dois decretos emitidos pelo Governo angolano
excluíram a Nazaki de participar na exploração daqueles dois blocos
petrolíferos.
A
Cobalt tinha anteriormente dito desconhecer que a Nazaki pertencia a
dirigentes angolanos e afirmou que foi a companhia estatal angolana Sonangol a
nomear a Nazaki como parceira.
A
organização anti-corrupção Global Witness disse que a Cobalt e a BP tinham
entregues 175 milhões de dólares à companhia petrolífera angolana
Sonangol para a construção de um centro de investigação e tecnologia que
não existe.
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