O
deputado do PCP Paulo Sá acusou hoje o PS de querer manter a "política de
direita" dos últimos anos, num comentário ao cenário macroeconómico
apresentado pelos socialistas na véspera.
"O
PS não só não rompe com a política de direita como se propõe mantê-la, com este
ou aquele acerto quanto ao ritmo ou forma de concretização. O que faz é avançar
com propostas isoladas que não repõem, na globalidade, os rendimentos e
direitos dos trabalhadores", afirmou.
O
documento que servirá de base ao futuro programa eleitoral do PS prevê a
reposição dos salários do setor público em 40% em janeiro de 2016 e da parte
restante em 2017, procedendo-se em 2018 ao descongelamento de carreiras, bem
como a reposição do IVA da restauração nos 13% já em 2016 e a eliminação
gradual da sobretaxa de IRS em duas fases, 50% no próximo ano e 50% em 2017.
"O
que se exigia e que o PCP exige é a reposição integral de todos os rendimentos
e direitos eliminados nos últimos quatro anos", frisou Paulo Sá.
O
cenário macroeconómico elaborado por 12 economistas para o PS, liderados por
Mário Centeno, também determina uma redução das contribuições dos trabalhadores
para a Segurança Social em quatro pontos (11 para sete por cento) até 2018,
procedendo-se em 2019 à reposição até ao valor atual.
"O
PS assume integralmente o quadro institucional do euro, todos os mecanismos da
chamada governação económica, o Tratado Orçamental. Ao assumir todos estes
condicionalismos e constrangimentos, opta pela continuação de todas as
políticas de exploração, empobrecimento e desastre nacional que foram levadas a
cabo no país nos últimos anos", concluiu o parlamentar comunista.
Lusa,
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