O
título, de nossa lavra, diz quase tudo. Portugal está sobre uma ditadura ressabiada
com máscara colorida da democracia que é deficitária com provas dadas. Outra
coisa não seria de esperar de um regime que tem figuras gradas a exercer poderes
ao serviço de inimigos dos portugueses e de Portugal. O cavaquismo regressou
ressabiado com uma componente ainda mais ressabiada, Passos Coelho. Juntou-se a
fome com a vontade de comer. Passos, Cavaco, Portas.
Este
é tempo de repressão, de vingança pelas liberdades e justiças geradas em 25 de Abril
de 1974. Cavaco, em primeiro-ministro, por mais de 10 anos, já havia
demonstrado a sua animosidade contra as liberdades e democracia conquistadas. Ficou
pés contra elas e conseguiu semear várias injustiças com ataques à democracia
antes vigente. A caminho de 10 anos na presidência da República, Cavaco mostra
a sua má-raça. Revela-se o pai de um regime que visa sistematicamente a
revanche contra os portugueses de menores recursos ou seus antagónicos na exigência
e luta pelas liberdades, justiça e democracia.
Este
é um regime de Cavaco com Passos. O passos-cavaquismo com um Portas de pés
dentro ou fora, conforme as marés das suas conveniências. Regime e tempo de repressões inimagináveis em democracia - como a conhecemos e ambicionámos construí-la. Tempo
de roubos. Tempo de impostos elevados, coimas, penhoras, despejos. O lema é
roubar aos pobres para entregar aos ricos. É o passos-cavaquismo quase no seu
auge. Sem vergonha, sem sentimentos, sem uma ínfima parcela de humanismo.
Redação
PG
AR
recomenda "suspensão imediata" dos despejos das casas da GNR em
Lisboa
A
Assembleia da República recomendou ao Governo a "suspensão imediata"
do despejo das casas da GNR, no Pátio da Quintinha, na freguesia da Ajuda, em
Lisboa, segundo a resolução hoje publicada em Diário da República.
Na
recomendação, o parlamento indicou a necessidade do envolvimento do Ministério
da Administração Interna (MAI), da GNR e dos moradores para uma "solução
de realojamento ou de autorização de permanência para estas famílias nas casas
de função" daquela corporação.
Já
em meados de abril, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovara, por unanimidade,
uma moção do PCP na qual se apelava ao Governo para que "suspenda de
imediato" os despejos.
Ficou
decidido que a assembleia iria "apelar à Câmara Municipal de Lisboa para
que esta intervenha em defesa dos moradores, advogando uma solução definitiva
para estas famílias, quer através de realojamento condigno pelo Estado Central,
quer através da permanência no Pátio da Quintinha".
De
acordo com o deputado municipal do PCP Modesto Navarro, ali habitam, em casas
de função da GNR, 21 agregados familiares, num total de 46 pessoas, a quem
"nunca foram apresentadas soluções de realojamento".
Modesto
Navarro recordou que "outras tentativas de despejo" foram avançadas
em 1977, 1998 e 2006. "Todas as tentativas de desocupação foram goradas:
em 1977 por intervenção direta do então Presidente da República, Ramalho Eanes,
em 1998 e 2006 pela ação da Junta de Freguesia da Ajuda", apontou.
O
deputado referiu tratar-se de uma população envelhecida e explicou que "ao
longo dos anos foram os moradores a melhorar as habitações".
Modesto
Navarro disse, ainda, que as razões invocadas para o despejo "são o facto
de as casas terem sido atribuídas a título precário ao abrigo das Instruções
para Atribuição de Casas do Estado (publicadas em Diário da República em 1956)
e a legalidade do despejo assentar num decreto-lei de 1934".
Os
outros pontos da moção que os deputados aprovaram por unanimidade foram
"manifestar a sua solidariedade com as famílias residentes do Pátio da
Quintinha" e enviar a moção à ministra da Administração Interna, à Câmara
Municipal de Lisboa, aos presidentes da Junta e da Assembleia de Freguesia da Ajuda
e ao comandante-geral da GNR.
TSF - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário