O antigo ministro
da Economia comentou aos microfones da Rádio Renascença a polémica sobre as
pensões, que dominou a atualidade informativa na semana passada, e que foi
espoletada pelo secretário de Estado José Leite Martins, sustentando que ou o
governante se demite ou “alguém o vai demitir”, mesmo que, salientou Daniel
Bessa, se tenha limitado a fazer o “chamado trabalho sujo”.
No programa
‘Conversas Cruzadas’, que passa ao domingo na antena da Rádio Renascença, os
comentadores habituais Daniel Bessa e Carvalho da Silva comentaram a
alternativa que o Governo estaria a estudar para substituir os cortes,
atualmente em vigor, como a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES),
e que foi desencadeada pelo encontro entre o secretário de Estado da
Administração Pública, José Leite Martins, e jornalistas de seis órgãos de
comunicação social.
Na opinião do
ex-ministro e economista Daniel Bessa foi algo que “correu mal” e que “saiu antes
do tempo”, pelo que “o senhor [secretário de Estado] vai demitir-se ou alguém o
vai demitir”.
Mas, salientou o
antigo ministro de Guterres, “começou-me a acorrer que podia não ser bem assim
e quem anda pela política conhece bem isto, é o chamado trabalho sujo. É uma
coisa que não é muito bonita mas que alguém tem de fazê-lo”, no sentido em que
“é encarregado de fazê-lo. E foi o que fez coitado [José Leite Martins], mas
correu mal e vai ser sacrificado porque evidentemente ninguém vai assumir a
autoria da ordem”.
Também Carvalho
Silva, ex-líder da CGTP, considera que o secretário de Estado se limitou a
“cumprir uma orientação de estratégica da governação”, sem ter em conta “o que
pensam as organizações, as forças políticas, a sociedade, (…), isto é arrepiante”.
Concluindo, o antigo sindicalista afirma que “estamos a viver dias de autêntico
terror”.
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