A
economia dominou o segundo debate entre os candidatos às presidenciais
brasileiras de 05 de outubro que ficou ainda marcado pela polarização entre
Dilma Rousseff e Marina Silva.
A
situação negativa da economia brasileira, que apresentou queda de 0,6% no
crescimento no segundo trimestre do ano, segundo números oficiais, foi a
principal critica ao atual governo.
Diferentes
candidatos criticaram tanto a queda no Produto Interno Bruto como o aumento da
taxa de juro e da inflação.
Dilma
Rousseff (do Partido dos Trabalhadores, de centro-esquerda), defendeu-se e
voltou a culpar a crise económica internacional pela má prestação da economia
brasileira e afirmou que não há recessão no país e que os empregos e os
salários até estão a subir.
Já
a ambientalista Marina Silva, candidata pelo Partido Socialista Brasileiro
(PSB), acusou Dilma Rousseff de não reconhecer os seus erros como fez no debate
anterior.
A
polarização entre Dilma Rousseff e Marina Silva no debate segue o resultado da
última sondagem do Instituto Datafolha, liderada pelas duas candidatas na
simulação de primeira volta.
A
ex-ministra do Meio Ambiente, venceria, no entanto, na segunda volta, segundo
os dados da sondagem.
Marina
Silva era candidata a vice-presidente no projeto de Eduardo Campos, candidato a
Presidente até o último dia 13, quando morreu num acidente de avião.
A
ambientalista tinha anunciado a sua filiação ao partido socialista por não ter
conseguido fundar o seu próprio grupo político, a Rede Sustentabilidade, a
tempo das eleições de 05 de outubro.
O
PSB coloca-se na atual eleição como um partido de terceira via entre as duas
maiores forças políticas brasileiras: o PT de Dilma Rousseff e o Partido da
Social Democracia Brasileira (PSDB, de centro-direita), de Aécio Neves, o
terceiro candidato "mais votado" nas sondagens.
Marina
Silva e o Partido Socialista defendem um governo de união entre pensadores de
esquerda e direita, dizem rejeitar essa polarização, e apoiam a autonomia do
Banco Central, posição abrangente que acabaria criticada no debate com a
acusação de ser contraditória.
Outra
crítica feita à ambientalista foi ter retirado do seu programa de governo o
apoio explícito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Entre
os candidatos presidenciais que participaram no debate estavam ainda Pastor
Everaldo (Partido Social Cristão), Luciana Genro (Partido Socialismo e
Liberdade), Eduardo Jorge (Partido Verde) e Levy Fidelix (Partido Renovador
Trabalhista Brasileiro).
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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