Díli,
16 fev (Lusa) - O novo primeiro-ministro timorense, Rui Maria Araújo, prometeu
hoje, em Díli, que o seu governo vai atuar com rigor e integridade,
"fortalecendo a boa governação, a transparência e o combate à
corrupção".
"A
responsabilização, a prestação de serviços de qualidade e a disciplina não são
opcionais, são condição sine qua non para servir o povo timorense. Esta
transformação radical nas mentalidades dos nossos agentes públicos é
fundamental", disse hoje em Díli Rui Maria Araújo depois da cerimónia de
tomada de posse dos 38 membros do seu executivo perante o chefe de Estado Taur
Matan Ruak.
O
chefe de governo disse que será prioridade do executivo "combater a
cultura de burocratização na administração pública", considerando que nos
últimos anos a estrutura administrativa "transformou-se num elefante com
pés de barro".
"Agora,
chegou hora de criar uma nova ordem burocrática, mais leve, profissional e
técnica e menos politizada", disse Rui Araújo, declarando-se contra
"o compadrio que resulta quase sempre em mediocridade".
Rui
Araújo exigiu também empenho dos membros do governo, a quem promete uma
responsabilização "política, administrativa e criminal sobre todos os atos
e no âmbito das responsabilidades de cada um".
O
novo primeiro-ministro referiu-se ainda à situação económica do país e à grande
dependência dos recursos petrolíferos, aproveitando para insistir que
Timor-Leste vai avançar para "a definição clara das fronteiras marítimas e
terrestres perante a queda no preço do petróleo.
Rui
Maria Araújo disse que é vital melhorar o equilíbrio fiscal do país e promover
"uma política fiscal sustentável e uma despesa pública coerente para evitar
o desperdício".
O
desenvolvimento agrícola, o setor do turismo e o desenvolvimento do enclave de
Oecusse são setores onde a economia timorense se pode diversificar no setor da
justiça, de acordo com o novo primeiro-ministro.
Rui
Araújo salientou que o governo quer levar a cabo um reforço das capacidade e
competências, mas disse que esse esforço "exige uma avaliação profunda do
setor da justiça e o estabelecimento de um novo quadro de cooperação adequado
às necessidades do pais".
O
primeiro-ministro deixou ainda uma mensagem à sociedade civil, comprometendo-se
a estabelecer uma "auditoria social, permitindo que os indicadores de ação
governativa sejam passados a pente fino com maior responsabilidade".
ASP
// PJA
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