quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Cabo Verde: CRESCEM OS PROBLEMAS NA MELHOR DEMOCRACIA DE ÁFRICA

 

No dia Mundial da Saúde Mental
PR INSURGE-SE CONTRA DISCRIMINAÇÃO DE DOENTES PSÍQUICOS
 
Liberal (cv), com foto
 
Aproveitando a ocasião, Jorge Carlos Fonseca não deixa de referir que os portadores dessas patologias têm os seus direitos contemplados na Constituição da República, ao mesmo tempo que defende “uma sociedade verdadeiramente inclusiva, onde todas as pessoas têm lugar”
 
Praia, 10 de Outubro 2012 – Na data de hoje, em que se assinala o Dia Mundial da Saúde Mental, o Presidente da República, ao mesmo tempo que manifesta a sua solidariedade a pessoas com estas patologias, alude à Constituição da República, que este ano celebra o 20º aniversário, para assinalar que esta “proíbe qualquer tipo de discriminação seja a que título for”, mas lamentando que “relativamente às pessoas com limitações psíquicas esse preceito constitucional [seja] amiúde desrespeitado”.
 
Para Jorge Carlos Fonseca, “o facto de qualquer cidadão apresentar, a um dado momento da sua vida, limitações na esfera psíquica, não o transforma numa pessoa desprovida de direitos”, pelo que “se em algumas circunstâncias o exercício de alguns direitos poderá ser condicionado, nos termos legais, outros, pelo contrário, devem ser potenciados e reforçados”.
 
SOCIEDADE INCLUSIVA
 
Defendendo os princípios de “uma sociedade verdadeiramente inclusiva, onde todas as pessoas têm lugar”, o Chefe de Estado reconhece também os “avanços importantes têm sido conseguidos graças à intervenção das famílias, de órgãos públicos, nomeadamente da saúde, e da sociedade civil, com destaque para a Associação de Promoção da Saúde Mental ‘A Ponte’”, encorajando-os a prosseguirem.
 
DAR AS MÃOS
 
Jorge Carlos Fonseca conclama, ainda, “a sociedade cabo-verdiana, especialmente, as instâncias governamentais, municipais e as organizações da sociedade civil, a darem as mãos no sentido do adequado acolhimento a cidadãos com perturbações psíquicas, que, desprotegidos, deambulam pelas nossas ruas”, insurgindo-se contra a “situação de portadores de anomalia psíquica [internados] em instituições prisionais”, fazendo um apelo para que “soluções urgentes e impostas por lei sejam encontradas”, na media em que esta realidade “não dignifica os responsáveis dessas instituições e não dignifica o próprio Estado de direito e o País”.
 
“DEPRESSÃO: UMA CRISE GLOBAL”
 
O 10 de outubro, enquanto Dia Mundial da Saúde Mental, é este ano assinalado sob o lema “Depressão: uma crise global” que, segundo o PR procura “chamar a atenção para um grave problema de saúde pública, considerado hoje a terceira doença a nível mundial afectando mais de trezentos e cinquenta milhões de pessoas e que, em 2030, deverá ascender ao primeiro lugar”, o que assinala a “estreita relação existente entre a depressão - principal causa de suicídio que atinge anualmente a cifra de um milhão - e as condições socio- económicas”, refere JCF, acentuando que “o desemprego, a pobreza, a exclusão social e a violência” como “poderosos factores dessa relação”.
 
Uma situação que, como referem as instâncias internacionais, pode ser controlada, através de “intervenções relativamente simples, mas que devem ser adoptadas de forma sistemática e persistente”, nomeadamente, envolvendo - para além de medidas promotoras da saúde mental – “as pessoas as famílias, a comunidade, os serviços sociais e de saúde e os profissionais da saúde mental”.
 
O Presidente da República aproveita o ensejo para render “uma vibrante homenagem aos profissionais da saúde mental e às famílias que, no dia-a-dia ajudam as pessoas com limitações psíquicas a ter uma vida com a necessária e inviolável dignidade humana que está subjacente a todos direitos fundamentais garantidos por instrumentos internacionais e nacionais de protecção dos direitos humanos”.
 
GOVERNANTES JÁ NÃO SE ENTENDEM
 
Praia, 10 de Outubro 2012  - O ministro dos Assuntos Parlamentares acha que a resolução da crise na RTC é responsabilidade do Governo e do Conselho de Administração. O Primeiro-ministro tem opinião diferente e não se inibiu de vir publicamente desautorizar Rui Semedo. Um Governo em frangalhos…
 
RUI SEMEDO - O Governo assume, juntamento com o Conselho de Administração, a sua responsabilidade de encontrar uma solução que garanta os salários aos trabalhadores.
 
JOSÉ MARIA NEVES - Acho que é uma questão da empresa, que deve ser discutida e trabalhada a nível da empresa e, portanto, não vou falar especificamente sobre questões que têm a ver com o funcionamento interno da RTC.
 
RUI SEMEDO - Não posso dizer quando, posso dizer que estamos engajados na busca de uma solução e que é nossa firme motivação que isso seja o mais breve possível.
 
JOSÉ MARIA NEVES - É uma questão do Conselho de Administração, o Conselho de Administração tomará as medidas que achar mais convenientes para a gestão da própria empresa.
 
Um país sem rumo  - A POUCA VERGONHA CONTINUA
 
Praia, 10 de Outubro 2012 – Nem valerá a pena dizer muito, apenas que os cortes de energia continuam, sem que a Electra ou o ministro Humberto Brito deem uma satisfação aos consumidores. E, quando ao Primeiro-ministro, nem se fala, a criatura apenas se presta a enviar “indirectas” ao Presidente da República (que parece ser o seu ódio de estimação) e a macaquear-lhe o trajecto… O PR foi fazer o “inventário” dos danos causados pelas chuvas na Boa Vista; o PM resolveu ir ao interior de Santiago com o mesmo fim. Embora lhe tenham faltado duas coisas que caracterizam o primeiro: a empatia e o afecto com as populações!
 
A pouca vergonha do Governo e da Electra continua, para desgraça dos cabo-verdianos que parecem já terem-se acomodado à situação. E esta é, no fundo, a razão principal pela qual José Maria Neves e o seu grupo de assaltantes ainda não foram apeados das cadeiras do poder. Mas a paciência não dura para sempre…
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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