quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Guiné-Bissau: TAP ATRASA CORREIO, PROCURADORIA GERAL DECRETA LEI DA ROLHA

 


Diretor dos Correios lamenta atrasos de encomendas de Portugal
 
09 de Outubro de 2012, 12:28
 
Bissau, 09 out (Lusa) - O diretor dos Correios da Guiné-Bissau lamentou hoje o "atraso nas encomendas de Portugal" que se tem verificado sobretudo nos últimos dois meses, uma situação provocada pela TAP e que "afeta a imagem dos correios".
 
Lino Leal da Silva falava hoje em Bissau a propósito do Dia Mundial dos Correios, assinalado na capital guineense com uma pequena cerimónia, mas sem o lançamento de qualquer selo alusivo à efeméride.
 
A Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa tinha proposto que hoje fosse lançado em cada país lusófono um selo de homenagem a um escritor local, mas na Guiné-Bissau tal não aconteceu.
 
De acordo com Lino Leal da Silva será lançado em Portugal, no próximo mês, mais um selo "da gama Amílcar Cabral". Portugal é o "parceiro direto" da Guiné-Bissau nesta área, disse o responsável.
 
Os projetos dos Correios da Guiné-Bissau passam, disse, por informatizar os serviços e "fazer com que os postos do interior funcionem a cem por cento".
 
O correio para Bissau vindo da Europa é feito essencialmente através da TAP, que tem voos regulares para a Guiné-Bissau, mas os aviões que aterram na capital guineense nem sempre trazem encomendas.
 
"Temos atrasos de dois ou três voos", lamentou Lino Leal da Silva, explicando que os atrasos se têm verificado sobretudo nos últimos dois meses.
 
"Apesar dos transtornos ocorridos no nosso mundo, a comunidade postal está ainda em condições de garantir a integridade dos serviços postal universal e circulação dos objetos postal em um território único", disse o responsável na cerimónia.
 
O Dia Mundial dos Correios assinala a data de criação da União Postal Universal, a 09 de outubro de 1874.
 
FP // VM.
 
Procuradoria da Guiné-Bissau proíbe políticos de falarem sobre golpe de Estado
 
09 de Outubro de 2012, 15:45
 
Bissau, 09 Out (Lusa) - A Procuradoria-Geral da Guiné-Bissau proibiu os políticos de falarem sobre o último golpe de Estado no país, ocorrido em abril, alegando o segredo das investigações.
 
A ordem, emitida em comunicado na semana passada, foi hoje confirmada à imprensa pelo procurador-geral adjunto Rui Sanhá.
 
"É uma medida normal quando se está em fase de investigações dos processos. As normas processuais exigem que não haja certos comentários que possam complicar as investigações, foi preciso que emitíssemos aquele comunicado chamando a atenção às pessoas, sobretudo aos políticos, que gostam de usar a imprensa para falar dos processos", notou Rui Sanhá.
 
De acordo com o responsável, o Ministério Público tomou essa medida para evitar que haja perturbação ao andamento dos inquéritos sobre o golpe de Estado de 12 de abril no qual os militares destituíram e prenderam o Presidente da República interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
 
Estes dois ex-responsáveis vivem em Portugal desde que foram postos em liberdade pelos militares. Rui Sanhá negou, contudo, que a medida signifique cercear a liberdade de expressão dos políticos.
 
"Em matéria de investigação ninguém pode utilizar os factos em análise. É uma situação normal", disse Sanhá, sublinhando que, embora não possa revelar pormenores, as investigações "decorrem normalmente".
 
"O processo decorre normalmente mas não podemos dizer aqui e agora o que foi feito", afirmou Rui Sanhá, que falava à imprensa após uma audiência com uma responsável da secção de Direitos Humanos do Departamento de Estado norte-americano.
 
Karen Smith, que se encontra em visita à Guiné-Bissau, disse ter aproveitado para "fazer uma visita de cortesia" ao procurador-geral guineense sobre o período de transição em curso no país e o rumo da democracia.
 
Perante a insistência dos jornalistas, sobre se não falaram os processos de assassinatos em investigação na Procuradoria, Karen Smith disse ter falado com o procurador "apenas sobre o andamento da democracia" no país.
 
MB //JMR.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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