Três dias após ser
desalojado da sua base pelo exército, Afonso Dhlakama continua dado pela
imprensa como "fugitivo", mas desconhece-se se pesa sobre ele um
mandado judicial, enquanto o seu partido continua a participar nas sessões
parlamentares.
Afonso Dhlakama,
líder do principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana
(Renamo), está em paradeiro desconhecido, após ter sido obrigado, na
segunda-feira, a abandonar o acampamento em que vivia, há mais de um ano, na
província de Sofala, centro, por uma ofensiva do exército.
Descrito como
estando em fuga pela generalidade da imprensa, Afonso Dhlakama não tem "à
perna" um mandado judicial conhecido e o ministro da Defesa, Filipe Nyusi,
esquivou-se a responder a perguntas dos jornalistas sobre o objectivo do
Governo em relação ao "foragido".
"O exército
vai continuar a trabalhar", afirmou Filipe Nyusi, não se alongando sobre o
tema da perseguição ou não a Afonso Dhlakama, após visitar as unidades das
forças de defesa e segurança envolvidas no assalto a Santunjira.
A
Procuradoria-Geral da República não se pronunciou sobre o estatuto judicial de
Afonso Dhlakama, apesar de o Governo justificar a sua acção em Santunjira com a
necessidade de repor a lei e a ordem públicas, supostamente postas em causa por
ataques de homens às ordens do líder da Renamo.
Por outro lado, a
bancada da Renamo na Assembleia da República, com 51 assentos, continua a
desenvolver o seu trabalho parlamentar, tendo participado nas sessões de
quarta-feira e de hoje.
"O partido e
os seus órgãos continuam a funcionar normalmente e o líder está de boa
saúde", disse hoje à Lusa o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, sobre
Afonso Dhlakama.
Lusa
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