As
autoridades portuguesas estão a articular uma frente de combate ao Ébola com o
governo da Guiné-Bissau e a Organização das Nações Unidas (ONU), disse hoje à
Lusa o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Paulo
Campos.
"O
que está em causa é uma eventual participação de Portugal num triângulo"
que inclui "uma resposta a um pedido da Guiné-Bissau" e enquadramento
"numa missão das Nações Unidas", referiu hoje aquele responsável, em
Bissau.
Paulo
Campos e Francisco George, Diretor-Geral de Saúde de Portugal, chegaram
quinta-feira à capital guineense e vão ficar até sábado para estabelecer
contactos com as autoridades.
"Tanto
eu como o diretor-geral estamos aqui em Bissau a tentar fazer essa ponte: somos
claramente um escalão técnico", referiu o presidente do INEM.
Paulo
Campos acredita que no sábado estará definida com o governo guineense "uma
plataforma da possível participação" portuguesa.
"Já
estamos a dar passos a esse nível em Portugal, porque temos que identificar
potenciais elementos nesta parceria e não estaríamos aqui sem essa noção",
acrescentou.
Seja
como for, Paulo Campos considera "precoce" poder "libertar"
informação sobre os preparativos, pelo menos enquanto não ficar assente
"quais as linhas mestras da participação de Portugal".
Falta
ter uma "noção real das necessidades" e "daquilo que o governo
da Guiné-Bissau poderá ter como ansiedade nesta participação".
Uma
coisa parece certa: "o que conseguirmos potenciar aqui será melhor para o povo
da Guiné-Bissau, melhor para Portugal e será nesse contexto que tudo será
planeado", concluiu Paulo Campos.
Segundo
o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ébola causou 4.493
mortos em 8.997 casos registados em sete países (Libéria, Serra Leoa e
Guiné-Conacri, os mais afetados, mas também Nigéria, Senegal, Espanha e Estados
Unidos).
O
Ébola tem fustigado o continente africano regularmente desde 1976, sendo o
atual surto o mais grave desde então.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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