Passos interrompido
por protestos nas galerias do parlamento
O início da
resposta do primeiro-ministro ao líder da bancada do PS, Ferro Rodrigues, foi
hoje interrompido por protestos de pessoas das galerias, que exigiram a
demissão de Pedro Passos Coelho, no debate quinzenal no parlamento.
"Demissão,
demissão, demissão!", ouviu-se, antes de a presidente da Assembleia da
República, Assunção Esteves, exigir que as forças de segurança retirassem os
manifestantes do hemiciclo, numa sessão marcada pela polémica com a carreira
contributiva do chefe do executivo da maioria PSD/CDS-PP.
Um grupo de uma
dezena de pessoas reclamou um pedido de desculpas ao povo por parte de Passos
Coelho, gritando ainda "metes nojo ao povo", com os punhos erguidos,
enquanto Assunção Esteves apelava ao "respeito pelo parlamento",
cujos trabalhos foram assim interrompidos pouco mais de um minuto.
Entretanto, em
comunicado, a Associação de Combate à Precariedade (Precários Inflexíveis)
reclamou para si a autoria do protesto, considerando ser «insustentável, num
país que persegue ferozmente os seus trabalhadores mais precários, a recibos
verdes, que o primeiro-ministro possa escapar incólume do facto de ter estado
pelo menos cinco anos sem pagar à Segurança Social».
«A permanência de
Passos Coelho na posição de primeiro-ministro é uma afronta ao regime
democrático. É a materialização de dois pesos e duas medidas. Há cidadãos de
primeira e cidadãos de segunda. Passos Coelho autonomeou-se cidadão de primeira
enquanto os milhões de trabalhadoras e trabalhadores, precárias e
desempregados, são os cidadãos de segunda», lê-se ainda.
TSF - foto Global Imagens / Leonardo Negrão
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