Ministério
Público tem em marcha 34 buscas por todo o país. Investigação à atribuição de
vistos dourados cruza-se com o processo que envolve José Sócrates.
Ministério
das Finanças, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras (SEF) e vários organismos públicos foram, esta quarta-feira, alvo de
buscas por suspeitas dos crimes de corrupção, tráfico de influências, peculato
e branqueamento de capitais.
Na
origem da investigação está a atribuição de vistos gold, que se suspeita que
tenha sido agilizada por pessoas influentes, de forma a trazer doentes líbios
para serem tratados no Hospital da Prelada, no Porto, e no Hospital da Cruz
Vermelha, em Lisboa.
A
condução dos doentes para Portugal terá sido feita através da Intelligent Life
Solutions (ILS), alegadamente ajudada pelo ex-ministro Miguel Macedo, que
entretanto se demitiu quando a polémica sobre a atribuição de vistos espoletou.
A
mesma empresa está também a ser investigada para apurar quais as suas ligações
ao Ministério da Saúde da Líbia, nomeadamente no que respeita ao tratamento
fiscal na prestação de serviços em sede de IVA.
Um
dos sócios é Paulo Lalanda de Castro, um dos arguidos da Operação Marquês e
administrador da Octapharma. Na mira da Procuradoria-Geral da República (PGR) e
do Ministério Público estão as ligações deste com empresas portuguesas
encarregues do transporte e tratamento dos doentes.
As
autoridades procuram saber se terá havido benefícios também no reembolso de IVA
relativas a operações com entidades líbias. Daí terem sido feitas buscas também
nas instalações dos serviços do IVA, que funcionam no edifício da
Direcção-Geral de Finanças.
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