Ucrânia: Manifestantes
impedem avanço da polícia com "escudo" de fogo
Os manifestantes
ucranianos impediram esta madrugada o avanço da polícia no centro de Kiev com
um imponente "escudo" de fogo, que alimentavam com madeira, pneus e
destroços de veículos carbonizados.
"Não temos
medo. Esta é a nossa revolução. Resistiremos até ao fim, mas não somos
fascistas, como diz o Governo. Queremos uma vida normal, com trabalho e filhos,
e não uma ditadura", disse um dos manifestantes, Vladimir, que trabalha na
construção, citado pela agência Efe.
Os manifestantes,
na sua maioria jovens, lançavam esta noite cocktails molotov, pedras e outros
objetos contra a polícia, que se encontrava do outro lado das chamas e tentava
apagar o fogo com a ajuda de camiões de água.
Nem a morte de
cinco manifestantes, segundo dados da oposição ucraniana, nem as baixas
temperaturas, que rondam os 10 graus negativos, demoveram os manifestantes.
Alguns pedem a ajuda do Ocidente, inclusivamente militar, já que temem que as
autoridades recorram à força para terminarem os protestos depois da declaração
do estado de emergência.
A oposição
ucraniana deu 24 horas ao governo para responder às suas reivindicações, que
incluem a convocação de eleições antecipadas.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
Rússia não vai
interferir na situação na Ucrânia
A Rússia não vai
interferir na situação na Ucrânia, onde violentos confrontos entre
manifestantes pró-Europa e as forças de ordem causaram cinco mortos, declarou
hoje o porta-voz do Presidente russo, Vladimir Putin.
"Nós não
pensamos ter o direito de intervir nos assuntos internos da Ucrânia de qualquer
forma. Isto é absolutamente inaceitável ingerirmo-nos nos assuntos
internos" de outro país, declarou o porta-voz, Dmitri Peskov, em
entrevista publicada no portal do diário Komsomolskaia Prayda.
A Rússia está
convencida de que as autoridades ucranianas "sabem o que devem fazer e
encontrarão a melhor solução para fazer regressar a situação à normalidade e
restabelecer a paz", disse Peskov, que lamentou a "interferência
estrangeira" na crise da Ucrânia que considera ser óbvia.
"Não podemos
compreender os embaixadores dos países estrangeiros em Kiev, que dizem o que
devem fazer as autoridades na Ucrânia (..) isso gera a nossa indignação",
salientou.
A Ucrânia é palco
há dois meses de uma contestação contra o regime sem precedentes, depois da
decisão das autoridades ucranianas de renunciarem a uma aproximação à União
Europeia a favor da Rússia.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
*Título PG
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