"Estejam
preparados" para a possibilidade de surgirem casos suspeitos no país,
aconselham OMS e Médicos Sem Fronteiras
Representantes
da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos Médicos Sem Fronteiras (MSF)
aconselharam a Guiné-Bissau a preparar-se para a eventualidade de surgirem no
país casos suspeitos de ébola.
O
facto de a epidemia estar concentrada no interior sul da Guiné-Conacri – do
lado oposto à sua fronteira com a Guiné-Bissau – e as más acessibilidades à
zona fronteiriça, especialmente na época das chuvas, não devem servir de
pretexto para baixar a guarda. “É possível que alguns casos atravessem a
fronteira e cheguem à Guiné-Bissau, por isso, mais vale que estejam preparados
para detectar, isolar e tratar os doentes para evitar novos casos”, recomendou
Jerôme Mouton, chefe de missão dos MSF na Conacri, onde a organização criou um
centro de tratamento de ébola.
Jerôme
recorda que um dos últimos casos mal despistado na cidade deixou expostas 14
pessoas ao vírus – seis profissionais de saúde e oito familiares que contraíram
o vírus.
“Estejam
preparados” é também o alerta de Nyka Alexander, porta-voz da OMS que depois de
ter passado por outros palcos de urgência sanitária no mundo exerce funções em
Conacri.
No
centro de coordenação para o combate ao ébola na sub-região (Guiné-Conacri,
Serra Leoa e Libéria), pede-se vigilância aos países vizinhos. “A 8 de Agosto,
quando a OMS declarou que esta é uma emergência de saúde pública de preocupação
internacional, houve um conjunto de recomendações para os países afectados e
também para os países vizinhos", recorda Nyka.
Para
esta representante, os países fronteiriços devem “verificar os planos de
contingência, sistemas e centros de reacção e mobilizar as pessoas”.
Outra
mensagem que a organização faz passar concentra-se na urgência de fazer a
detecção precoce da doença: quem tiver sintomas deve procurar os serviços de
saúde para fazer o despiste do vírus o mais rápido possível. Quanto antes o
fizer e em caso de infecção, “maior possibilidade tem de sobreviver e de evitar
o contágio de outras pessoas”, explica Alexander.
Lusa,
em Público
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