Lisboa,
10 nov (Lusa) - O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, afirmou hoje esperar que a
suspensão da cooperação com Timor-Leste na área da Justiça não afete a
cooperação técnico-militar e confirmou que aceitou o convite do
primeiro-ministro timorense para se deslocar ao país.
Questionado
sobre se a suspensão da cooperação judiciária com Timor-Leste irá afetar as
relações com o país na área da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco manifestou o
desejo de que a cooperação técnico-militar se mantenha.
No
debate parlamentar do Orçamento do Estado para 2015 sobre o setor da Defesa,
Aguiar-Branco frisou que a área da cooperação técnico-militar "tem sido um
pilar" e "um elo" na relação com "países irmãos",
apesar das "flutuações nas relações entre outras áreas".
No
final do debate, em declarações aos jornalistas, o ministro da Defesa reforçou
a ideia de que desejaria que a cooperação técnico-militar se mantivesse e
adiantou que até ao momento "não houve nenhuma perturbação".
Aguiar-Branco
sublinhou que no passado a cooperação técnico-militar se manteve em
"níveis de estabilidade" com outros países que "sofreram
turbulência nas relações noutras áreas por razões diversas".
O
ministro confirmou que aceitou um convite do primeiro-ministro de Timor-Leste,
que acumula a pasta de ministro da Defesa, Xanana Gusmão, para visitar o país
no final de novembro, devendo a viagem realizar-se entre "24 e 28 de
novembro".
Ressalvando
que as datas ainda não estão definitivamente fixadas, Aguiar-Branco disse que o
convite foi feito "com uma antecipação grande" e que a deslocação
está prevista "no âmbito da ação externa do Governo" com os países
com os quais existe cooperação na área da Defesa, como é o caso também de
Angola, Moçambique, Cabo Verde, exemplificou.
SF
// JLG
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