terça-feira, 14 de abril de 2015

Portugal. Especial BES/GES: Como atuou a regulação e supervisão bancária – na TSF




Na semana em que vai ser conhecido o relatório preliminar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao colapso do Banco Espírito Santo, a jornalista Judith Menezes e Sousa analisa como atuaram Banco de Portugal, Comissão de Mercado de Valores Mobiliários e a ASF - Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (antigo Instituto de Seguros de Portugal).

O Banco de Portugal diz que as campainhas de alarme soaram em novembro de 2013, mas já existiam alertas para o contágio do GES ao BES desde 2001, embora as auditoras continuassem a aprovar, sem reservas, as contas do banco.

Cruzando os vários depoimentos, constata-se que a supervisão agiu tarde, nem sempre bem e foi aceitando os sucessivos incumprimentos da equipa de Ricardo Salgado.

Ficaram ainda dúvidas sobre as causas de que uma eventual fuga de informação sobre a decisão de resolver o BES, no momento em que o Banco de Portugal ainda não tinha informado a CMVM sobre a medida de resolução.

Os trabalhos da Comissão de Inquérito permitiram constatar que não foram eficazes os esforços da supervisão para travar a reciclagem de dívidas dentro do GES. Como um vírus, o grupo mudava de estirpe ao ritmo da necessidade de esconder dívidas e manter a imagem de solidez, quando afinal, o contágio era quase generalizado.

Ao longo de seis meses, as jornalistas da TSF Ana Catarina Santos e Judith Menezes e Sousa acompanharam em permanência esta que foi a mais mediática das Comissões de Inquérito.

Foram ouvidos mais de 50 depoimentos, chegaram ao Parlamento centenas de documentos e, seis meses depois, ficou mais clara a anatomia da queda de um dos maiores bancos portugueses e do império Espírito Santo com mais de 150 anos.

Um trabalho de Judith Menezes e Sousa com sonoplastia de Pedro Picoto

TSF

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