Na
semana em que vai ser conhecido o relatório preliminar da Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) ao colapso do Banco Espírito Santo, a jornalista Judith
Menezes e Sousa analisa como atuaram Banco de Portugal, Comissão de Mercado de
Valores Mobiliários e a ASF - Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões (antigo Instituto de Seguros de Portugal).
O
Banco de Portugal diz que as campainhas de alarme soaram em novembro de 2013,
mas já existiam alertas para o contágio do GES ao BES desde 2001, embora as
auditoras continuassem a aprovar, sem reservas, as contas do banco.
Cruzando
os vários depoimentos, constata-se que a supervisão agiu tarde, nem sempre bem
e foi aceitando os sucessivos incumprimentos da equipa de Ricardo Salgado.
Ficaram
ainda dúvidas sobre as causas de que uma eventual fuga de informação sobre a
decisão de resolver o BES, no momento em que o Banco de Portugal ainda não
tinha informado a CMVM sobre a medida de resolução.
Os
trabalhos da Comissão de Inquérito permitiram constatar que não foram eficazes
os esforços da supervisão para travar a reciclagem de dívidas dentro do GES.
Como um vírus, o grupo mudava de estirpe ao ritmo da necessidade de esconder
dívidas e manter a imagem de solidez, quando afinal, o contágio era quase
generalizado.
Ao
longo de seis meses, as jornalistas da TSF Ana Catarina Santos e Judith Menezes
e Sousa acompanharam em permanência esta que foi a mais mediática das Comissões
de Inquérito.
Foram
ouvidos mais de 50 depoimentos, chegaram ao Parlamento centenas de documentos
e, seis meses depois, ficou mais clara a anatomia da queda de um dos maiores
bancos portugueses e do império Espírito Santo com mais de 150 anos.
Um
trabalho de Judith Menezes e Sousa com sonoplastia de Pedro Picoto
TSF
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