Fundador
do PS expressa publicamente apoio ao BE, alertando o secretário-geral
socialista de que a "esquerda rotativa", como lhe chama, "não
tem emenda".
O
fundador do PS e ex-militante socialista Alfredo Barroso avisou esta
sexta-feira o partido de António Costa, a "esquerda rotativa", que
"sem ruturas irá claudicar mais uma vez se alcançar o poder",
reiterando que vai votar no BE nas eleições de 4 de outubro.
Alfredo
Barroso o primeiro interveniente num comício do BE no Instituto Português do
Desporto e da Juventude (IPDJ), onde começou por chamar "mentiroso
compulsivo" ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, dizendo no final do
discurso que ia escolher BE nas próximas legislativas, um voto útil "por
convicção".
"Fica
aqui um aviso à esquerda de governo ou esquerda rotativa, como eu lhe chamo,
que pelos vistos não tem emenda: sem ruturas irá claudicar mais uma vez se
alcançar o poder, por incapacidade de resistir às forças não legitimadas
democraticamente que continuam a condicionar as vidas de milhões de
portugueses. Não há austeridade suave", avisou.
Alfredo
Barroso - que se desfiliou em março deste ano em rutura com o secretário-geral
"rosa", que acusou ter prestado "vassalagem à China" -
explicou que vota no BE porque se identifica "há já vários anos com os objetivos
essenciais da sua luta".
"A
alternância entre partidos políticos que não representam verdadeiras
alternativas - sejam eles conservadores, liberais, trabalhistas,
social-democratas e até socialistas - todos eles rendidos à ideologia
neoliberal, continua a traduzir-se num rotativismo deprimente e estéril",
condenou.
E
terminou a intervenção como acabava, "há muitos anos, as intervenções que fazia
nos comícios do PS: Viva à República, viva o Socialismo e, neste caso, viva o
Bloco de Esquerda".
Já
na campanha para as europeias do ano passado, o histórico socialista apoiou o
BE e manifestou divergências com a então direção de António José Seguro.
Diário
de Notícias – ontem
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