O
Presidente de Moçambique realçou hoje perante as Nações Unidas, em Nova Iorque,
os progressos do país na mortalidade infantil e no acesso ao ensino primário e
elegeu o "fator população" como decisivo para o desenvolvimento.
Na
sua primeira intervenção na assembleia geral da ONU, após ter assumido o cargo,
Filipe Nyusi reafirmou "o compromisso do Governo em relação aos princípios
desta organização internacional" e assumiu "o fator população como
elemento chave para o desenvolvimento".
Na
cimeira das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável e objetivos do
milénio, o Presidente daquele país africano de língua portuguesa listou os
progressos registados nos últimos anos relacionados com programas que o governo
tem vindo a executar no sentido de cumprir aquelas metas.
Entre
os "ganhos" listados estão "a expansão do acesso à educação, que
permitiu colocar 80% das crianças em idade escolar a frequentar o ensino
primário", mas também a sensibilização das comunidades, principalmente as
rurais, para a escolarização.
"Desencorajamos
a desistência das raparigas no ensino possibilitando o alcance do equilíbrio de
género no acesso ao ensino primário", salientou Filipe Nyusi.
Desde
2000, "reduzimos a mortalidade infantil de uma média de 100 para 64 mortes
antes de completar um ano de vida por cada mil nascimentos vivos",
acrescentou.
Já
na mortalidade infanto juvenil, "o número de crianças que perde a vida
antes de completar cinco anos baixou de cerca de 150 para uma média de 97 em
cada mil nascimento vivos".
O
Presidente de Moçambique apontou vários assuntos em que o país
"aprendeu" nos 15 anos da implementação da declaração do milénio,
como "a necessidade de aumentar a capacidade de monitorização e avaliação
dos progressos em cada fase de implementação" das medidas.
"É
no cumprimento da nossa agenda que continuamos a incidir a nossa ação na
promoção da saúde sexual e reprodutiva e dos direitos sexuais dos adolescentes
e jovens resultando num aumento da esperança da vida", disse ainda Filipe
Nyusi, falando também nas intervenções para melhorar o acesso à saúde e a
outros direitos humanos assegurados pelo Estado.
Lusa,
em Notícias ao Minuto (ontem)
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