As
campanhas eleitorais para as eleições legislativas, autárquicas e regional em São Tomé e Príncipe,
marcadas para 12 de outubro, arrancam às 00:00 de sábado com 12 partidos a
concorrer para a formação do próximo Governo.
O
Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP-PSD), Ação Democrática
Independente (ADI), Partido da Convergência Democrática (PCD) e o Movimento
Democrático Força da Mudança - Partido Liberal (MDFM-PL) afiguram-se como os
principais na corrida.
Duas
novas formações políticas, o Partido de Estabilidade e Progresso Social (PEPS)
do antigo primeiro-ministro e dissidente do MLSTP-PSD, Rafael Branco, e a
Plataforma Democrática Nacional (PDN), integrada por um grupo de são-tomenses
radicados em Angola, são as mais recentes na cena política do arquipélago.
As
campanhas eleitorais arrancam uma semana depois de os tribunais terem definido
em sorteio a posição dos partidos políticos nos boletins de votos, em que a
União para a Democracia e Desenvolvimento (UDD), do primeiro-ministro Gabriel
Costa aparece a ocupar a primeira posição.
Na
lista dos 12 partidos que concorrem para o escrutínio de 12 outubro, a ADI
surge no segundo lugar e os três partidos que formam a atual coligação
governamental - MLSTP-PSD, MDFM-PL e PCD - ocupam respetivamente o terceiro,
quarto e décimo lugares.
Observadores
em São Tomé
e Príncipe não esperam uma manhã de sábado repleto de cartazes e outdoors nas
ruas da capital, São Tomé, e na cidade de Santo António, na ilha do Príncipe,
pois a maioria dos partidos políticos queixa-se de falta de dinheiro para
financiarem as campanhas.
Na
capital são-tomense estão, entretanto, representantes da Comunidade Económica
dos Estados da África Central (CEEAC) a dar formação sobre reforço das
capacidades dos atores eleitorais.
Participam
nessa formação de uma semana pelo menos 30 jornalistas, agentes da polícia, do
exército, de Organizações Não-Governamentais (ONG), quadros do Ministério dos
Negócios Estrangeiros, da Comissão Eleitoral Nacional e professores.
Durante
15 dias, espera-se uma campanha intensa, tendo em conta que a pré-campanha já
ficou marcada pela tensão e troca de acusações entre os três partidos que
sustentam o Governo e a Ação Democrática Independente (ADI), partido que venceu
as eleições de 2010, mas que foi afastado do poder por uma moção de censura, em
2012.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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