O presidente do
Grupo Parlamentar do PS, Alberto Martins, afirmou hoje esperar que a
conferência impulsionada pelo ex-Presidente da República Mário Soares, na
quinta-feira, sirva como "um grito de alerta" sobre a situação
"dramática" do país.
Alberto Martins
será na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa o principal
representante da direção do PS na conferência impulsionada por Mário Soares,
intitulada "Em defesa da Constituição, do Estado social e da
democracia".
"Espero que [a
conferência] seja mais um grito de alerta para a situação dramática em que vive
a sociedade portuguesa", declarou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.
De acordo com o
líder da bancada socialista, a sua presença nesta conferência, que reunirá
também representantes de forças políticas da oposição como o PCP e o Bloco de
Esquerda, tal como figuras que estiveram na hierarquia de instituições como as
Forças Armadas e a Igreja Católica, deve ser interpretada de forma natural.
"Estarei
presente em tudo o que sejam manifestações cívicas e políticas da sociedade
portuguesa", disse Alberto Martins, salientando depois que esta
conferência de quinta-feira tem como principal promotor Mário Soares.
"Trata-se de
um debate cívico e é muito importante que todos os setores (os mais diversos da
sociedade portuguesa), da esquerda à direita, que defendam o Estado social e a
Constituição, possam fazer ouvir a sua voz. A intervenção cívica não se faz
apenas ao nível dos partidos, dos sindicatos e das instituições parlamentares,
governamentais ou outras, mas em todos os terrenos da vida social",
sustentou.
Interrogado se
espera resultados concretos deste segundo encontro promovido por Mário Soares
contra a política do atual Governo, Alberto Martins defendeu que "o efeito
prático" da conferência "será o da afirmação pública e o da passagem
de uma mensagem e imagem públicas".
"A intervenção
pública, a tomada de consciência cada vez mais alargada de portugueses sobre a
necessidade de mudar este estado de coisa, é muito importante. A democracia é
isso mesmo", respondeu o líder da bancada do PS.
Lusa
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