Pequim, 20 nov
(Lusa) - O crescimento económico na zona euro "foi pequeno", mas a
recessão "ficou para trás", disse o presidente da Comissão Europeia,
José Manuel Durão Barroso, numa entrevista difundida hoje pela Televisão Central
da China (CCTV).
Na entrevista,
concedida ainda em Bruxelas, a propósito da próxima Cimeira anual China-União
Europeia (UE), Barroso realçou também que "as dúvidas acerca do euro
desapareceram".
A Cimeira, marcada
para quinta-feira, no Grande Palácio do Povo, em Pequim, reúne o
primeiro-ministro da China, Li Keqiang, e os presidentes da Comissão e do
Conselho Europeus, Jose Manuel Barroso e Herman van Rompoy, respetivamente.
"É uma cimeira
muito importante, que coincide com o 10.º aniversário da parceira estratégica
da UE com a China, e também a primeira em que vamos encontrar formalmente a
nova liderança chinesa", disse Barroso.
A União Europeia é
o maior parceiro comercial da China e esta é o segundo parceiro da UE.
Pelas contas da UE,
o comércio bilateral somou cerca de 483.000 milhões de euros em 2012 (quatro
vezes mais do que há uma década), o que equivale a uma média diária de 1.320
milhões de euros.
Um dos
"principais resultados" da cimeira será a adoção de "um plano
estratégico de ação" até 2020, centrado no "desenvolvimento
sustentado" e no "crescimento verde", adiantou o embaixador da
UE em Pequim.
A Cimeira deverá
ficar também assinalada pelo lançamento formal das conversações para um
"acordo sobre investimentos", nomeadamente quanto ao acesso aos
respetivos mercados, domínio em que as empresas europeias reclamam "mais
abertura e transparência" por parte da China.
Além da parte
politica e da habitual "cimeira empresarial", coorganizada pela
Câmara de Comércio UE-China, haverá um fórum e uma exposição sobre urbanização,
com 800 participantes, entre as quais autarcas de trinta cidades europeias.
Cerca de 300
milhões de chineses deverão radicar-se nas cidades até 2030, num processo de
urbanização sem precedentes na História e suscetível de abrir novas
oportunidade de cooperação entre a China e a União Europeia.
As duas iniciativas
inserem-se no acordo de "Parceira sobre Urbanização" assinado em maio
de 2012 em Bruxelas por José Manuel Barroso e o então vice-primeiro-ministro
executivo chinês, Li Keqiang, que em março passado assumiu a chefia do governo
da China.
Cerca de 300
milhões de chineses deverão radicar-se nas cidades até 2030, num processo de
urbanização sem precedentes na História e suscetível de abrir novas
oportunidade de cooperação entre a China e a União Europeia.
Os líderes europeus
vão também encontrar-se com o novo secretário-geral do Partido Comunista Chinês
e Presidente da República, Xi Jinping.
AC. // VC - Lusa
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