Partido envia
envelopes pré-pagos para recolher assinaturas. Participantes indecisos
O LIVRE precisa de
7500 assinaturas para se tornar partido e já está a recolhê-las. Marta Loja
Neves diz ao i que o partido tem recebido diversas solicitações de pessoas que desejam
pertencer, não só em Portugal mas também do estrangeiro, mas prefere não
esclarecer quantas assinaturas já foram recolhidas. A responsável do novo
partido garante, porém, que já conta com interessados na comunidade portuguesa
na Austrália, nos Estados Unidos e na Bélgica. "Recolheremos as
assinaturas necessárias antes do que esperávamos", garante Marta Loja
Neves.
Rui Tavares
anunciou no sábado que, para facilitar a recolha de assinaturas, enviaria
envelopes pré-pagos juntamente com a ficha de pré-filiação de modo que este
processo não tivesse custos para quem estivesse disposto a contribuir para a
formação do partido que quer situar- -se ao "meio da esquerda"
Também na diáspora,
esta foi a solução encontrada para captar assinaturas dos emigrantes
portugueses que actualmente não se revêem em nenhum partido já existente.
No Facebook, a
página oficial do LIVRE conta com 2430 likes. A organização denunciou no início
da semana que tinha havido uma tentativa de criação de um perfil falso deste
projecto político que convocava todos os interessados para uma festa de
inauguração, apelidando esta acção de "sabotagem".
Embora ainda não
haja datas, o LIVRE terá uma apresentação formal no Porto, tal como aconteceu
em Lisboa, e irá reunir-se dia 1 de Dezembro para delinear os seus estatutos em
reunião aberta ainda sem local definido.
Algumas das caras
conhecidas da política que marcaram presença no encontro de sábado estão ainda
a ponderar se vão aderir ao partido. Joana Amaral Dias diz ao i que só decidirá
quando "perceber quais são os conteúdos programáticos" e o que
distingue o novo partido do Bloco de Esquerda e da ala esquerda do PS. A
militante do BE defende ainda que é essencial perceber "o que está
projectado em termos de política de alianças, quer nacionais quer
internacionais". "Acho que é necessária uma plataforma comum à
esquerda", diz a ex-deputada bloquista, lembrando que a nova força
partidária "não pode partir das ambições pessoais de cada um".
Ana Benavente
também esteve presente no encontro, mas faz depender a adesão ao novo partido
de "uma articulação séria entre partidos de esquerda e movimentos sociais
com base numa proposta clara para os cidadãos" (ver entrevista ao lado). A
ex-secretária de Estado da Educação é militante do PS e se resolver alinhar com
Rui Tavares terá de desfiliar-se. Diferente é o caso da deputada socialista
Inês de Medeiros, que já esclareceu, no Facebook, que se mantém independente e
que a sua família ideológica está "maioritariamente" no PS. Um dos objectivos
já traçados por Rui Tavares é captar o eleitorado descontente do BE, do PCP e
do PS. Com Luís Claro
Na foto: Papoila
será o simbolo do Partido Livre
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