“A
Direcção da UNITA acompanha com preocupação os acontecimentos ocorridos na
Comuna de Luremo e condena em termos mais enérgicos o ataque perpetrado por
militantes do MPLA contra a caravana do Secretário Provincial da UNITA,
Domingos Oliveira, que na manhã do dia 16 de Fevereiro de 2015, cumpria uma
missão política na comuna de Luremo para contacto com os militantes e
simpatizantes do seu partido”.
Em
comunicado enviado à Redacção do F8, a Direcção da UNITA informa a “opinião
pública nacional e internacional que da acção dos marginais organizados
resultaram 21 feridos três dos quais em estado grave e a destruição de uma
viatura por fogo posto, além de outros danos materiais”.
Além
destes danos, acrescenta, “os militantes da UNITA na comuna de Luremo estão a
ser perseguidos, encontrando-se em parte incerta, depois de suas casas terem
sido deitadas abaixo por militantes do Partido no poder.”
Manifestando
“a sua estranheza pelo facto de tais actos de intolerância política terem lugar
depois de bem informadas as autoridades administrativas e policiais sobre o
programa de trabalho do seu Secretário Provincial naquela comuna”, a UNITA diz
que “não tem dúvidas que a deslocação do administrador municipal adjunto do
Kuango, João Bernardo, e do comandante municipal da Polícia, Bravo Caetano, à
mesma comuna de Luremo, um dia antes tenha sido para organizar os actos de puro
vandalismo e selvajaria que tiveram lugar sob o olhar cúmplice dos efectivos
policiais destacados à entrada da comuna do Luremo e no Bairro Gika”.
Perante
esta situação, a UNITA “repudia a actuação da polícia que se recusou a prestar
apoio ao motorista da viatura carbonizada, Jacob Agostinho, que ao invés disso
foi encarcerado e violentado por efectivos policiais, enquanto outros
incendiavam o seu veículo”.
“A
UNITA considera estar perante uma violação flagrante dos direitos civis e
políticos dos cidadãos plasmados na Constituição da República de Angola e na
lei dos Partidos Políticos”, diz o comunicado.
Salienta
igualmente que “o Presidente da República tem sido constantemente desautorizado
pelos militantes do seu próprio partido que insistem e persistem na execução
destas acções por todo o país”, referindo que “a Direcção da UNITA espera, por
isso, que através dos órgãos competentes do Estado, o Presidente da República
de Angola, José Eduardo dos Santos, faça cumprir a sua afirmação feita por
ocasião do seu discurso de fim de ano, através da qual manifestava o seu desejo
de dar “passos firmes para neutralizar as causas da intolerância política e
recurso à violência e dos diferendos e contradições serem resolvidos com base
no diálogo e no respeito pela lei”.
Se
o não fizer, diz a organização liderada por Isaías Samakua, “a Direcção da
UNITA tirará as suas conclusões…”
Folha
8 Diário (ao)
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