quarta-feira, 27 de novembro de 2013

PM TAILANDESA DISPONÍVEL PARA DIALOGAR COM MANIFESTANTES

 


Banguecoque, 27 nov (Lusa) -- A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, manifestou-se hoje disponível a dialogar com os milhares de manifestantes que ocupam as ruas de Banguecoque e alguns edifícios ministeriais.
 
"Temos de nos sentar e falar. As exigências dos manifestantes devem ser atendidas através do diálogo. Estamos dispostos a cooperar em qualquer situação que seja benéfica para a maioria", declarou Yingluck aos jornalistas antes de entrar no parlamento para o segundo dia em que é debatida a moção de censura contra o Governo liderado por si.
 
Os líderes das manifestações sustentam que os protestos são seguidos por cerca de um milhão de pessoas, número que as forças de segurança colocam bem mais abaixo com uma estimativa de 100.000 pessoas.
 
Apesar da disponibilidade política em ouvir as reivindicações dos manifestantes, Yingluck garante, por outro lado, que vai aplicar a Lei de Segurança Interna que permite limitar os direitos e liberdades civis como o da reunião pública, para proteger os edifícios dos Ministérios e outras propriedades do Estado, mas não para atacar os manifestantes.
 
A mobilização antigovernamental procura hoje paralisar mais Ministérios como o das Finanças que se converteu no posto de comando dos protestos e grupos de manifestantes visam agora os edifícios das pastas do Trabalho e Desenvolvimento Social, Industria, Informação e Comunicação Tecnológica e Saúde e Comércio.
 
Os atuais protestos, liderados pelo antigo vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, do Partido Democrata são as maiores manifestações de ruas desde 2010 quando o Partido Democrata estava no poder e os "camisas vermelhas", seguidores do antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão da atual chefe do Governo, ocuparam o centro financeiro de Banguecoque durante mais de dois meses.
 
Na altura Suthep Thaugsuban apelava aos manifestantes para respeitarem a propriedade privada e os edifícios do Estado que agora ocupa.
 
Nas manifestações de 2010, que terminaram com uma intervenção policial, morreram 92 pessoas, outras 1.800 ficaram feridas e foram registados elevados prejuízos económicos.
 
JCS // JCS - Lusa
 

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