Flávio
Mattel, Rio de Janeiro
Ainda
o jogo do Mineirazo decorria e o marcador não somava 7 golos da Alemanha ao
Brasil, mas só 5, e já a revolta, a frustração e os distúrbios aconteciam um
pouco por todo o Brasil. Foi então que aos 7 golos jorrou a indignação.
O
Brasil chorou e enraivecido, humilhado, libertou sua paixão pelo futebol de
modo negativo. O fair play foi mandado de escanteio e em São Paulo se registaram
saques, agressões, incêndios, como é mostrado em manchetes da comunicacional. As
lágrimas e o vandalismo soltaram-se e não tem sido mole apaziguar a torcida fanática
em contato com a realidade devastadora e frustrante.
Aqui
para nós confesso: sou um indivíduo com muito azar. Nesta Copa,
futebolisticamente, fui humilhado duas vezes. Azar o meu de ser
luso-brasileiro.
Primeiro
sofri e me envergonhei com a humilhação que o time da Alemanha infligiu a
Portugal e agora os mesmos (Alemanha) causam esta hecatombe ao Brasil. Primeira
reação foi gritar que a Alemanha não presta. É malvada. Fascista, nazi,
hitleriana, velhaca, filha de bruxa horrível apoderada do corpo de Merkel e
deste time que devastou as duas equipas da lusofonia presentes na Copa2014. A
Alemanha odeia lusófonos e quem fala português e até na UE se manda a torturar Portugal
e os portugueses, atirando-os para a miséria. É isso.
Depois
pensei melhor e dividi as responsabilidades. Caí sobre o teimosamente estúpido
Paulo Bento. Essa besta. Esse mixuruca de selecionador. E sobre Felipão, o incompetente
selecionador do Brasil. E os times, de Portugal e do Brasil. Esses vadios que não
jogam nada!
Azar
mesmo, essa de ser luso-brasileiro de alma e coração. Bento e Felipão me
infligiram vergonha de monstruosas dimensões. A Alemanha só jogou, e bem. Selecionadores
e times do Brasil e de Portugal é que foram (são) umas bestas. Sofro a dobrar.
E vocês?
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