quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Salários em atraso nas obras do novo campus da Universidade de São José em Macau




Macau, China, 03 dez (Lusa) - Cerca de uma centena de trabalhadores envolvidos na construção do novo campus da Universidade de São José, em Macau, não recebe salários desde setembro, uma situação que a instituição de ensino diz ser da responsabilidade do empreiteiro.

Hoje, os trabalhadores juntaram-se no local da obra, na Ilha Verde, para protestar contra a situação, convocando a presença da polícia e da Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL).

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, estão em causa cerca de sete milhões de patacas (cerca de 700 mil euros).

Em declarações à agência Lusa, a DSAL explicou que, perante a movimentação dos trabalhadores, o empreiteiro (cuja identidade não foi revelada) avançará com os pagamentos em dívida na sexta-feira. Uma eventual sanção ao construtor está ainda dependente do efetivo pagamento no prazo prometido.

A Universidade de São José, ligada à Universidade Católica Portuguesa, lamenta a disputa laboral, mas garante que "sempre cumpriu as obrigações do contrato com a empresa de construção e nunca se atrasou no pagamento de fundos relevantes para a empresa", indicou, em resposta à Lusa.

"Ficamos satisfeitos de saber que as duas partes chegaram a um acordo para resolver a disputa e retomar a construção", disse ainda a universidade.

A Universidade de São José foi criada em 1996 e pertence à Fundação Católica, uma instituição fundada pela Universidade Católica Portuguesa e pela Diocese de Macau.

A construção do novo campus da universidade na Ilha Verde foi iniciada a 03 de maio do ano passado. O projeto estava projetado para começar em 2009 mas acabou por sofrer uma série de atrasos que impediram que estivesse pronto em 2011, como previsto.

No início deste ano, o reitor Peter Stilwell previu que o complexo estivesse pronto a receber aulas no ano letivo 2015/2016.

A Universidade de São José esteve recentemente envolta em polémica quando, em junho, despediu o professor de Ciência Política Éric Sautedé, devido aos seus comentários à imprensa sobre a política local - uma justificação confirmada por Peter Stilwell. Na mesma altura, a mulher de Sautedé, Émilie Tran, perdeu o cargo de diretora da Faculdade de Administração e Liderança, passando a exercer apenas funções de docente.

ISG // VM

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