sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Primeiro-Ministro timorense 'entrega' declaração de bens em debate sobre combate à corrupção




Díli, 20 fev (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Rui Maria Araújo, apresentou hoje simbolicamente, a sua declaração de bens, no final de um debate organizado pela Comissão Anti-Corrupção (CAC) em Díli.

"Formalmente vou entregar, na próxima semana, a minha declaração de bens ao senhor presidente do Tribunal de Recurso. Mas como ato político, e como chefe de Governo, vou agora entregar a minha declaração de bens ao senhor comissário da CAC", disse.

"Reitero assim o meu compromisso de uma governação aberta e transparente", afirmou, sendo fortemente aplaudido pelos presentes.

Rui Araújo toma assim uma decisão idêntica à já adotada pelo Presidente da República, Taur Matan Ruak, que também apresentou a sua declaração de bens.

Ainda mais longe foi o presidente do Parlamento Nacional, Vicente da Silva Guterres, que não só a apresentou como a disponibilizou na página online do Parlamento Nacional.

Estão disponíveis duas declarações, uma de 2012 e outra de novembro de 2014.

No caso desta última o presidente do Parlamento Nacional dá conta de que na data de 30 de setembro do ano passado tinha 3.204,98 dólares americanos numa conta bancária em Timor-Leste e 6.270,29 euros em contas em Portugal.

Declara ainda uma fração autónoma num prémio em Vila Franca de Xira no valor de 4.708,85 euros e dois terrenos urbanos em Díli.

Recorde-se que no seu discurso de tomada de posse Rui Araújo destacou o papel de organizações como a CAC para o "combate ao flagelo da corrupção" em Timor-Leste.

"Esta posição firme que vou exigir deste Governo e a mim próprio, de rigor e integridade, irá ser a pedra de toque deste executivo, com vista à boa governação, à transparência e ao combate à corrupção", afirmou na altura.

Rui Araújo afirmou que todos os membros do Governo vão também apresentar a sua declaração de bens e que ele próprio o voltará a fazer, para comprovar que não obteve "lucros" com a governação, quando terminar o seu mandato.

"O mandato do VI Governo quer ser de governação aberta, transparente, responsável e ética", disse.

ASP // DM

Sem comentários:

Mais lidas da semana