Pedro Rainho –
jornal i
A subida constante
do último ano leva António José Seguro ao seu melhor resultado enquanto líder
do partido
O PS teria 39% dos
votos nas legislativas, se as eleições se realizassem hoje. É o melhor
resultado de sempre, que deixa o partido mais distante do PSD (a quase 12
pontos) e a menos de cinco pontos da maioria absoluta. À excepção do Bloco de
Esquerda (BE), que acompanha a subida do PS, todos os partidos com assento
parlamentar descem no barómetro i/Pitagórica de Março.
Mais de dez pontos
separam o PS de Março de 2014 do PS de há exactamente um ano. Nessa altura, os
socialistas bateram no fundo e estiveram perigosamente próximos do resultado
obtido ainda por José Sócrates nas legislativas de 2011. Mas, nos últimos 12
meses, o partido de Seguro tem protagonizado uma subida paulatina. Com excepção
para o mês de Fevereiro, o percurso do último ano tem registado uma escalada de
resultados, um após o outro, a cada novo barómetro apresentado.
E, face ao mês
passado, o PS sobe 1,8% nas intenções de voto, para os 39%. Numa altura em que
António José Seguro se prepara para o primeiro embate eleitoral de carácter
nacional (o secretário-geral ainda só foi sujeito ao voto dos portugueses nas
eleições locais de Setembro, que resultou, de resto, num novo recorde de
câmaras para o PS - 150), a margem que o separa da maioria absoluta é a mais
curta de sempre. Mas a confiança dos portugueses não chega a tanto.
O BE também sobe,
face ao barómetro anterior, ainda que isso não retire o partido do fundo da
lista. João Semedo e Catarina Martins traziam de Fevereiro o pior resultado de
sempre do Bloco, com 4,9% dos votos dos eleitores - três décimas abaixo do voto
em urna das últimas legislativas, quando o partido recuou de 16 para oito
deputados eleitos à Assembleia da República. O fôlego de mais dois pontos face
a esse resultado coloca os bloquistas à beira dos 7%. Ainda assim, muito aquém
do máximo de Maio de 2013, com 9,4% das intenções.
O PCP COM A MAIORIA
Abaixo
da linha vermelha - pelo simples facto de terem piorado os resultados que
traziam do último barómetro - estão o PSD e o CDS, acompanhados pelo PCP.
Aos centristas cabe
o maior tombo, com a perda de 1,1% dos potenciais votos e a entrada directa
para o pior resultado de sempre do partido do largo do Caldas. O que significa
que, a realizarem-se agora as eleições - e essa possibilidade não estaria
distante no tempo, tivesse Seguro aceitado a proposta apresentada pelo
Presidente da República no Verão passado -, Paulo Portas não iria além dos
7,6%. Pondo os valores em perspectiva, a ser assim, o CDS ficaria a quase
quatro pontos do resultado com que chegou ao governo.
O PSD acusa menos
algum desgaste que possa existir entre eleitorado devido a quase três anos de
governação. É certo que os sociais-democratas recuam oito décimas face a Fevereiro,
para os 27,6% das intenções de voto. Mas este valor está longe do marco negro
de Junho e Outubro do ano passado (23,7%). Na verdade, mesmo com a perda de
terreno para o PS, o PSD está ainda mais próximos dos seus melhores resultados
que do outro extremo da tabela.
O mesmo não se pode
dizer do PCP. A perda é quase imperceptível, mas as duas décimas reforçam a caminhada
descendente que os comunistas iniciaram no arranque deste ano. O partido de
Jerónimo de Sousa surge, em Março, com 10,3% das intenções de voto - note-se,
contudo que, a verificar-se, este seria um valor bem acima de qualquer dos
resultados do PCP nos últimos 27 anos.
Veja o resultado da
sondagem no PDF em anexo: sondagem_legislativas.pdf
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